Hackers são “do bem” ou “do mal”?
Falar que hackers são “bons” ou “maus” é reduzir a
uma visão muito estrita as atividades de um grupo muito amplo de pessoas. Caso eles não existissem, a história da
computação poderia ser bastante diferente: nomes como Bill Gates e Steve
Jobs, normalmente associados a corporações sisudas, iniciaram sua carreira
modificando aparelhos construídos por outras empresas, algo considerado ilegal
na época — entre os resultados desse tipo de atividade, está o computador
pessoal como o conhecemos atualmente.
Porém, não é possível esquecer que existe o lado
assustador da história. Muitos hackers utilizam seu conhecimento para obter
informações sigilosas que são usadas em proveito próprio ou simplesmente se
divertem prejudicando o trabalho dos outros. Para evitar confusões, é
preferível usar o termo “cracker” ao se referir a esse tipo de pessoa em
específico.
Hacker? Ou/e Crakes?
Saiba diferenciar.
Em informática,
hacker é um indivíduo que se dedica, com intensidade incomum, a conhecer
e modificar os aspectos mais internos de dispositivos, programas e redes de computadores. Graças a esses
conhecimentos, um hacker frequentemente consegue obter soluções e
efeitos extraordinários, que extrapolam os limites do funcionamento
"normal" dos sistemas como previstos pelos seus criadores; incluindo,
por exemplo, contornar as barreiras que supostamente deveriam impedir o
controle de certos sistemas e acesso a certos dados.
O termo (pronunciado "háquer" com
"h" aspirado) é importado da língua inglesa, e tem sido traduzido por decifrador
(embora esta palavra tenha outro sentido bem distinto) ou aportuguesado para ráquer.
O verbo hackear ou raquear é usado para descrever modificações e
manipulações não-triviais ou não autorizadas em sistemas de computação.
Hackers são necessariamente programadores
habilidosos (mas não necessariamente disciplinados). Muitos são jovens,
especialmente estudantes (desde nível médio a pós-graduação). Por dedicarem
muito tempo a pesquisa e experimentação, hackers tendem a ter reduzida atividade social e se encaixar
no estereótipo do nerd. Suas motivações são muito
variadas, incluindo curiosidade, necessidade profissional, vaidade, espírito
competitivo, patriotismo, ativismo, ou mesmo crime. (Hackers que usam seu
conhecimento para fins imorais, ilegais ou prejudiciais são chamados "crackers".)
Muitos hackers compartilham informações e colaboram
em projetos comuns, incluindo congressos, ativismo, e criação de software livre, constituindo uma comunidade hacker com cultura, ideologia e
motivações específicas. Outros trabalham para empresas ou agências
governamentais, ou por conta própria. Hackers foram responsáveis por muitas importantes
inovações na computação, incluindo a linguagem de programação C e o sistema
operacional Unix (Kernighan e Ritchie), o editor
de texto emacs (Stallman), o sistema GNU/Linux
(Stallman e Torvalds), e o indexador Google (Page e Brin). Hackers também
revelaram muitas fragilidades em sistemas de criptografia e segurança, como por
exemplo urnas digitais (Gonggrijp, Haldeman), cédula de
identidade com chip, discos Blu-ray, bloqueio de telefones
celulares, etc..
Cracker é o
termo usado para designar quem pratica a quebra (ou cracking) de um
sistema de segurança, de forma ilegal ou sem ética. Este termo foi criado em 1985
por hackers em defesa contra o uso jornalístico
do termo hacker. O uso deste termo reflete a forte revolta destes contra
o roubo e vandalismo praticado pelo cracking.