terça-feira, 17 de abril de 2012

Hackers: Marginais ou heróis da era digital?


Hackers são “do bem” ou “do mal”?


Falar que hackers são “bons” ou “maus” é reduzir a uma visão muito estrita as atividades de um grupo muito amplo de pessoas. Caso eles não existissem, a história da computação poderia ser bastante diferente: nomes como Bill Gates e Steve Jobs, normalmente associados a corporações sisudas, iniciaram sua carreira modificando aparelhos construídos por outras empresas, algo considerado ilegal na época — entre os resultados desse tipo de atividade, está o computador pessoal como o conhecemos atualmente.
Porém, não é possível esquecer que existe o lado assustador da história. Muitos hackers utilizam seu conhecimento para obter informações sigilosas que são usadas em proveito próprio ou simplesmente se divertem prejudicando o trabalho dos outros. Para evitar confusões, é preferível usar o termo “cracker” ao se referir a esse tipo de pessoa em específico.


Hacker? Ou/e Crakes?
Saiba diferenciar.
Em informática, hacker é um indivíduo que se dedica, com intensidade incomum, a conhecer e modificar os aspectos mais internos de dispositivos, programas e redes de computadores. Graças a esses conhecimentos, um hacker frequentemente consegue obter soluções e efeitos extraordinários, que extrapolam os limites do funcionamento "normal" dos sistemas como previstos pelos seus criadores; incluindo, por exemplo, contornar as barreiras que supostamente deveriam impedir o controle de certos sistemas e acesso a certos dados.
O termo (pronunciado "háquer" com "h" aspirado) é importado da língua inglesa, e tem sido traduzido por decifrador (embora esta palavra tenha outro sentido bem distinto) ou aportuguesado para ráquer. O verbo hackear ou raquear é usado para descrever modificações e manipulações não-triviais ou não autorizadas em sistemas de computação.


Hackers são necessariamente programadores habilidosos (mas não necessariamente disciplinados). Muitos são jovens, especialmente estudantes (desde nível médio a pós-graduação). Por dedicarem muito tempo a pesquisa e experimentação, hackers tendem a ter reduzida atividade social e se encaixar no estereótipo do nerd. Suas motivações são muito variadas, incluindo curiosidade, necessidade profissional, vaidade, espírito competitivo, patriotismo, ativismo, ou mesmo crime. (Hackers que usam seu conhecimento para fins imorais, ilegais ou prejudiciais são chamados "crackers".)
Muitos hackers compartilham informações e colaboram em projetos comuns, incluindo congressos, ativismo, e criação de software livre, constituindo uma comunidade hacker com cultura, ideologia e motivações específicas. Outros trabalham para empresas ou agências governamentais, ou por conta própria. Hackers foram responsáveis por muitas importantes inovações na computação, incluindo a linguagem de programação C e o sistema operacional Unix (Kernighan e Ritchie), o editor de texto emacs (Stallman), o sistema GNU/Linux (Stallman e Torvalds), e o indexador Google (Page e Brin). Hackers também revelaram muitas fragilidades em sistemas de criptografia e segurança, como por exemplo urnas digitais (Gonggrijp, Haldeman), cédula de identidade com chip, discos Blu-ray, bloqueio de telefones celulares, etc..
Cracker é o termo usado para designar quem pratica a quebra (ou cracking) de um sistema de segurança, de forma ilegal ou sem ética. Este termo foi criado em 1985 por hackers em defesa contra o uso jornalístico do termo hacker. O uso deste termo reflete a forte revolta destes contra o roubo e vandalismo praticado pelo cracking.